domingo, 21 de outubro de 2012

ATIVIDADE DE PORTUGUÊS - 1º ANO (Profª Veronica)

Tema: Diálogo com o cinema
 
 
SINOPSE DO FILME “ESCRITORES DA LIBERDADE”
 
Hilary Swank, duas vezes premiada com o Oscar® (Melhor Atriz, Meninos Não Choram, 1999 e Menina de Ouro, 2004), estrela esta instigante história de garotos pobres, criados no meio de tiroteios e agressividade, e a professora que oferece o que eles mais precisam: uma voz própria. Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Agora, contando suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo.

Atividade: Responder as perguntas abaixo

1-   O filme é baseado na história real de Erin interpretada por Hilary Swank, uma professora novata interessada em lecionar língua inglesa e literatura para uma turma de adolescentes resistentes ao ensino convencional. Explique.

2-    A professora Erin toma sua tarefa como um grande desafio: educar e civilizar aquela turma esquizofrênica e estigmatizada como “ os sem futuro” pelos demais professores. Percebe que seu trabalho deve ir para além da sala de aula. Explique.

3-    O estilo pedagógico está para o ensino apaixonado, romântico, humanista, mas sem perder de vista a racionalidade do propósito educativo. Explique.

4-    A ação da professora Erin é inovadora e eficiente? Por quê?

5-    Na concepção de Hannah Arendt, duas causas podem ter relação profunda com a crise da educação em nossa época: a incapacidade de a escola  levar os alunos a pensar e a perda de autoridade dos pais e professores. Ambas fazem com que as crianças e adolescentes fiquem sujeitos à tirania de uma maioria qualquer. Comente.

domingo, 27 de maio de 2012

ATIVIDADE DE PORTUGUÊS – 1º ANO (Profª Veronica)

Tema: Diálogo com o cinema



Atividade: Responder as perguntas abaixo

1.    O filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, foi lançado em 1936, momento em que ainda viviam os efeitos da Grande Depressão, provocada pela crise de 1929, período marcado por dificuldades econômicas, desemprego, perseguições políticas e intolerância racial. De que modo esse contexto se manifesta no filme?

2.    Tempos modernos se situa numa fase de transição, no cinema, entre o filme mudo e o filme falado. Que papel desempenha a música nesse tipo de filme?

3.    Tempos modernos denuncia a coisificação do ser humano? Justifique sua resposta com pelo menos três elementos do filme.

4.    Por que o relógio aparece tantas vezes no filme?

5.    O filme pode ser considerado atual? Por quê?

6.    Que contradição social é apontada na invenção de novas máquinas, considerando-se a situação dos trabalhadores da época?

7.    Apesar de desempregado e na miséria, Carlitos inicia um relacionamento com uma moça órfã, foragida da polícia.

a)    Na sua opinião, trata-se de um relacionamento amoroso?
b)    Como é o relacionamento dos dois?
c)    Com essas cenas, Chaplin procura resgatar a humanidade perdida no contexto social. Você concorda com essa afirmação?

8.    Tempos modernos é, sem dúvida, um filme divertido.

a)    Troque ideias com os colegas: Além de divertido o filme é também alegre?
b)    O filme pode ser considerado otimista ou pessimista? Para responder, leve em conta a cena final.

9.    Quais são as ideias defendidas em Tempos modernos?

10.  Na sua opinião, essas ideias ainda são válidas nos dias de hoje? Por quê?

Formato de entrega: Respostas manuscritas em folha de papel almaço.

Data de entrega: Até 1 de Junho de 2012.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

ATENÇÃO !!!!!!!!!!!!!!!!!!

REUNIÃO DE PAIS E MESTRES


21/MAIO = MANHÃ - ás 10 horas
                    TARDE   - as 17 horas

ENTREGAS DOS BOLETINS E DESEMPENHO DOS ALUNOS

sexta-feira, 20 de abril de 2012

23 de Abril - Dia Mundial do Livro

Leitura – 1892 – Almeida Júnior (1850 – 1899) – Pinacoteca do Estado de São Paulo
  
Caixa Mágica de Surpresa
Elias José

Um livro
É uma beleza,
É caixa mágica
só de surpresa.
Um livro
parece mudo,
mas nele a gente
descobre tudo.
Um livro
tem asas
longas e leves
que, de repente,
levam a gente

longe, longe. Um livro
É parque de diversões
cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.
Um livro
É uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata no mar,
um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro.





Oh! Bendito o que semeia Livros...
Castro Alves

"Oh! Bendito o que semeia Livros...
Livros à mão cheia.
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É gérmen – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar."


Os poemas
Mário Quintana

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...





TRADUZIR-SE
Ferreira Gullar

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?



 

Dia 23 de Abril é o dia mundial do livro. Que tal homenagearmos esse companheiro de todos os momentos? Ele nos preenche quando estamos sem saber o que fazer nos momentos solitários. O livro chega no silêncio e fica tão perto de nós, sempre nos acalentando e fornecendo-nos as melhores mensagens.

Livros

Liberdade para quem está surpreso.
Intempestivas carências amenizam.
Vida, vento, vitória, verdades do coração.
Raio de luz, para os maus momentos.
Ondas reflexivas para as dúvidas.
Sementes que germinam as mais belas transformações.

Eu acredito no poder da leitura, pois ela suaviza o viver.
Escritores que vivem comigo no meu dia a dia: Guimarães Rosa, Drummond, Dalton Trevisan, Rubem Fonseca, Clarice Lispector, Cecília Meireles e Cora Coralina, mas também há outros que fazem os meus sonhos serem leves como as águias que alçam voo em busca de novos horizontes. Não sei viver longe da poesia dos extraordinários textos que foram feitos para mim, você ou para um leitor qualquer, que chega e afaga o livro nas bibliotecas do mundo e dele se apropria para torná-lo vivo. Toque-o e sentirá a presença do grande poder das palavras que se misturam para a criação das mais belas histórias.

Diga qual é o seu livro predileto ou cite um livro que gostaria de ler.

domingo, 25 de março de 2012

ATIVIDADE DE PORTUGUÊS – 3º ANO (Profª Veronica)

Tema: Análise e reflexão de texto de Rubem Fonseca




Fonte:
www.releituras.com/rfonseca_bio.asp
Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 11 de maio de 1925, José Rubem Fonseca é formado em Direito, tendo exercido várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 31 de dezembro de 1952 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Muitos dos fatos vividos naquela época e dos seus companheiros de trabalho estão imortalizados em seus livros. Aluno brilhante da Escola de Polícia, não demonstrava, então, pendores literários. Ficou pouco tempo nas ruas. Foi, na maior parte do tempo em que trabalhou, até ser exonerado em 06 de fevereiro de 1958, um policial de gabinete. Cuidava do serviço de relações públicas da polícia. Em julho de 1954 recebeu uma licença para estudar e depois dar aulas sobre esse assunto na Fundação Getúlio Vargas, no Rio. Na Escola de Polícia destacou-se em Psicologia. Contemporâneos de Rubem Fonseca dizem que, naquela época, os policiais eram mais juízes de paz, apartadores de briga, do que autoridades. Zé Rubem via, debaixo das definições legais, as tragédias humanas e conseguia resolvê-las. Nesse aspecto, afirmam, ele era admirável. Escolhido, com mais nove policiais cariocas, para se aperfeiçoar nos Estados Unidos, entre setembro de 1953 e março de 1954, aproveitou a oportunidade para estudar administração de empresas na New York University. Após sair da polícia, Rubem Fonseca trabalhou na Light até se dedicar integralmente à literatura. É viúvo e tem três filhos.


Atividade: Ler o texto abaixo e responder as questões apresentadas em seguida.

"Família", de Fernando Botero.

Passeio Noturno 1
Rubem Fonseca

Cheguei em casa carregando a pasta cheia de papéis, relatórios, estudos, pesquisas, propostas, contratos. Minha mulher, jogando paciência na cama, um copo de uísque na mesa de cabeceira, disse, sem tirar os olhos das cartas, você está com um ar cansado. Os sons da casa: minha filha no quarto dela treinando impostação de voz, a música quadrifônica do quarto do meu filho. Você não vai largar essa mala?, perguntou minha mulher, tira essa roupa, bebe um uisquinho, você precisa aprender a relaxar. Fui para a biblioteca, o lugar da casa onde gostava de ficar isolado e como sempre não fiz nada. Abri o volume de pesquisas sobre a mesa, não via as letras e números, eu esperava apenas. Você não pára de trabalhar, aposto que os teus sócios não trabalham nem a metade e ganham a mesma coisa, entrou a minha mulher na sala com o copo na mão, já posso mandar servir o jantar?A copeira servia à francesa, meus filhos tinham crescido, eu e a minha mulher estávamos gordos. É aquele vinho que você gosta, ela estalou a língua com prazer. Meu filho me pediu dinheiro quando estávamos no cafezinho, minha filha me pediu dinheiro na hora do licor. Minha mulher nada pediu, nós tínhamos conta bancária conjunta. Vamos dar uma volta de carro?, convidei. Eu sabia que ela não ia, era hora da novela. Não sei que graça você acha em passear de carro todas as noites, também aquele carro custou uma fortuna, tem que ser usado, eu é que cada vez me apego menos aos bens materiais, minha mulher respondeu. Os carros dos meninos bloqueavam a porta da garagem, impedindo que eu tirasse o meu. Tirei os carros dos dois, botei na rua, tirei o meu, botei na rua, coloquei os dois carros novamente na garagem, fechei a porta, essas manobras todas me deixaram levemente irritado, mas ao ver os pára-choques salientes do meu carro, o reforço especial duplo de aço cromado, senti o coração bater apressado de euforia. Enfiei a chave na ignição, era um motor poderoso que gerava a sua força em silêncio, escondido no capô aerodinâmico. Saí, como sempre sem saber para onde ir, tinha que ser uma rua deserta, nesta cidade que tem mais gente do que moscas. Na avenida Brasil, ali não podia ser, muito movimento. Cheguei numa rua mal iluminada, cheia de árvores escuras, o lugar ideal. Homem ou mulher? Realmente não fazia grande diferença, mas não aparecia ninguém em condições, comecei a ficar tenso, isso sempre acontecia, eu até gostava, o alívio era maior. Então vi a mulher, podia ser ela, ainda que mulher fosse menos emocionante, por ser mais fácil. Ela caminhava apressadamente, carregando um embrulho de papel ordinário, coisas de padaria ou de quitanda, estava de saia e blusa, andava depressa, havia árvores na calçada, de vinte em vinte metros, um interessante problema a exigir uma grande dose de perícia. Apaguei as luzes do carro e acelerei. Ela só percebeu que eu ia para cima dela quando ouviu o som da borracha dos pneus batendo no meio-fio. Peguei a mulher acima dos joelhos, bem no meio das duas pernas, um pouco mais sobre a esquerda, um golpe perfeito, ouvi o barulho do impacto partindo os dois ossões, dei uma guinada rápida para a esquerda, passei como um foguete rente a uma das árvores e deslizei com os pneus cantando, de volta para o asfalto. Motor bom, o meu, ia de zero a cem quilômetros em nove segundos. Ainda deu para ver que o corpo todo desengonçado da mulher havia ido parar, colorido de sangue, em cima de um muro, desses baixinhos de casa de subúrbio. Examinei o carro na garagem. Corri orgulhosamente a mão de leve pelos pára-lamas, os pára-choques sem marca. Poucas pessoas, no mundo inteiro, igualavam a minha habilidade no uso daquelas máquinas. A família estava vendo televisão. Deu a sua voltinha, agora está mais calmo?, perguntou minha mulher, deitada no sofá, olhando fixamente o vídeo. Vou dormir, boa noite para todos, respondi, amanhã vou ter um dia terrível na companhia.

Com base no texto acima, responda:

O conto Passeio Noturno 1 de Rubem Fonseca retrata a alienação, o isolamento e a fragmentação do homem pós-moderno na célula básica da formação da família.

1)    O conto delineia a crítica, a ironia e a fragmentação do sujeito pós-moderno dentro de uma sociedade massificada? Explique.
2)    Como um executivo pertencente à classe média alta do Rio de Janeiro relaxa as tensões de um dia árduo de trabalho? Explique.
3)    Nesse conto, o discurso irônico do narrador leva ao questionamento dos valores estabelecidos presentes na sociedade consumista. Eles são positivos ou negativos? Explique.
4)    Como a mãe é retratada nesse conto?
5)    E os filhos apresentam vínculos afetivos? Comente.
6)    A família vive um padrão de vida muito elevado e consumista ao extremo. Há uma demonstração de felicidade nesse ambiente? Explique.
7)    Há nessa família a presença de diálogo? Comente.
8)    O conto expõe o sujeito pós-moderno, que é solitário e ao mesmo tempo massificado. Esse sujeito perdeu as suas referências enquanto sujeito?
9)    Numa sociedade fragmentada, as pessoas buscam bens materiais para suprir as necessidades emocionais e espirituais das quais estão esvaziadas? Comente.
10) O pai finge trabalhar na biblioteca para não estabelecer contato pessoal com a própria família? Explique.
11) Como você descreve o protagonista dessa história.
12) Sabemos que o indivíduo sai à noite “sempre” para matar alguém. Por que não se descobre o assassino?
13) O narrador desse conto pretende mostrar o quanto a sociedade abandonou valores éticos e passou a dar importância exclusivamente aos bens materiais. Isso é saudável? Por quê?
14) O escritor Rubem Fonseca retrata a cidade como um abismo urbano no qual o indivíduo perdeu a noção do convívio social e também respeito pelo outro. O que fazer para mudar essa realidade?
15) Por que a sociedade transgride tanto, ou seja, pouco pratica as normas, as leis e tornou-se tão alienada? Comente.
16) Rubem Fonseca revela nesse conto, o seu desencanto com o mundo contemporâneo e seu objetivo é despertar nos seus leitores a reflexão sobre o mundo no qual vivem. E você, jovem pós-moderno o que tem a dizer sobre esse conto que crítica à violência da sociedade capitalista onde convivem as vozes da cultura e as vozes políticas?

Formato de entrega: Respostas manuscritas em folha de papel almaço.

Data de entrega: Até 3 de Abril de 2012.

terça-feira, 20 de março de 2012

EDUCAÇÂO FISICA- ACD


Gente já começou os treinamentos paras turmas de Futsal Masculino Infantil e Atletismo Mirim Masculino/feminino.

Procure saber se você é um dos nossos atletas .

segunda-feira, 19 de março de 2012

SEMANA DE PROVAS

ATENÇÃO PESSOAL  A SEMANA DO PROVÃO ESTÁ CHEGANDO !!!!!!!!!!!!!!!

SERÁ DE 16 A 20 DE ABRIL .

ESTUDEM POIS SERÃO TRES PROVAS POR DIA

quinta-feira, 15 de março de 2012

NESSA TERÇA RECEBEMOS A VISITA DOS DENTISTAS.










Dia 13 de março os alunos do Ensino Fundamental tiveram a visita feita pelos dentistas na nossa escola.

FESTA DE CARNAVAL DO ENSINO FUNDAMENTAL!








Os alunos dos 9ºs anos, tiveram a ideia de brincar do troca sexo, na última sexta feira antes do carnaval, e vejam até a Vice Diretora Vera, entrou na brincadeira!!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

MINISTRO DA EDUCACÃO VISITA SUA ANTIGA ESCOLA

No dia 16 de fevereiro Aloízio Mercadante Oliva,atual ministro da educação,visitou nossa escola.Ele cursou o "colegial" nos anos de 1970 e 1971 e veio rever a escola .









domingo, 12 de fevereiro de 2012

ATIVIDADE DE PORTUGUÊS – 1º ANO (Profª Veronica)

Tema: Análise de Textos Selecionados de Chico Buarque

Francisco Buarque de Hollanda (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), mais conhecido por Chico Buarque ou ainda Chico Buarque de Hollanda, é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, iniciou sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção A Banda, o Festival de Música Popular Brasileira. Socialista declarado, se auto-exilou na Itália em 1969, devido à crescente repressão da ditadura militar no Brasil, tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização do Brasil. Na carreira literária, foi vencedor de três Prêmios Jabuti: melhor romance em 1992 com Estorvo, além do Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010.

Atividade: Ler os textos e assistir aos vídeos abaixo. Responder as questões apresentadas em seguida.

Texto 1

Cálice

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade

Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça


Com base no Texto 1, responda:

1)    A letra da música “Cálice” traz a ideia de que o eu lírico deseja libertar-se da imposição política? Explique.
2)    Em que verso fica evidente que o eu lírico está desesperado, pois a sua voz não ecoa e ninguém o escuta?
3)    Comente, embasado em pesquisa, esse verso: “De muito gorda a porca já não anda”.
4)    O que o eu lírico quis dizer com o verso “Como é difícil, pai, abrir a porta”?
5)    O mundo estava ao avesso, e a realidade precisava ser diferente; cite dois versos em que está presente o autoquestionamento do eu lírico.
6)    Qual é a fase vivida pela sociedade brasileira que é retratada nessa letra de música?
7)    Qual é o verso que denuncia os métodos de tortura e repressão utilizados para conseguir o silêncio das vítimas?

Texto 2

Futuros Amantes

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você 


Com base no Texto 2, responda:

1)    A letra da música “Futuros amantes” aborda o mesmo assunto visto na letra de “Cálice”? Comente.
2)    Que história a letra “Futuros amantes” nos relata?
3)    Esse amor foi correspondido? Explique com citações do próprio vídeo.
4)    A letra da música dá o consolo definitivo a todos aqueles que um dia sofreram com sentimentos não correspondidos? Por quê?
5)    Quem é que vai completar a função do amor no transcorrer do milênio?

Formato de entrega: Respostas manuscritas no caderno.

Data de entrega: Até 15 de Fevereiro de 2012.